sábado, 5 de abril de 2014

Por hoje é só sexo mesmo !


                                                                               
                                                                                 

  Discordo daquele conceito de que para os homens o sexo tem um peso maior num relacionamento do que para as mulheres. Preconceito puro!
  Claro que eu sinto saudade do colo, do olho no olho, do seu abraço, dos nossos papos, do carinho, daquele seu jeito de conversar meio na ponta da língua, mas hoje sinto mais saudade da sua língua em outras situações confesso!
  Ando sentindo uma saudade imensa do seu corpo, daquele gosto doce que tem cada pedaço da sua pele, do jeito que se encaixava em mim, daquelas suas visitas rápidas somente para me dar um beijo quando eu te beijava me esfregando em você e te ouvia meio quase numa súplica me falando no ouvido que precisava ir embora.
  Besteira achar que para os homens o sexo tem mais valor num relacionamento! Amei todos os lados da história que vivemos, mas o sexo com você foi uma viagem a parte! Viagem perfeita!
  Como não sentir saudade de te olhar deitado, descomposto, me deixando subir as mãos, a boca, a língua em todos os pedacinhos de você, te ouvindo gemer, vendo sua pele arrepiar, de sentir suas mãos me apertando a cintura com uma força deliciosa, sua boca me mordendo ou ter você sentado entre minhas pernas só me observando, repetindo que me achava linda?
  Ouvir sua voz me pedindo numa ordem disfarçada para ficar de quatro pra você, ou me falando ao telefone que estava precisando do meu corpo, ou me pedindo para te fazer gozar ou para tirar minha roupa bem devagar só para poder ficar me olhando? Sentia um prazer absurdo em atender a cada pedido seu...
  Vontade absurda do seu gosto na minha boca, de ir sentindo você crescer dentro dela, enquanto ouvia sua respiração acelerar, de permanecer ali, até te ver satisfeito, pleno, realizado e depois passar o resto do dia com seu gosto na boca. 
  Vontade de sua boca deslizando nas minhas pernas, subindo devagar, me enlouquecendo, me fazendo implorar mais, da sua mão puxando delicadamente meu rosto, me pedindo para te beijar enquanto se movia dentro de mim.
  Saudade daquele segundo exato em que te sentia dentro de mim e fazia ser impossível descrever que prazer era aquele!
  E o seu beijo? Uma boca linda num beijo perfeito...
  Saudade daquela confiança e liberdade desenfreada que sentíamos juntos, onde nada era proibido, nada era errado, tudo podia, tudo era delicioso, tudo era possível! Experimentei com você coisas e prazeres que nunca havia experimentado antes, sem medos, sem neuras, sem receios de jogos ou entregas!
  Achava delicioso quando me sentia um objeto nas suas mãos, seu objeto particular e isso em nada diminuía o que sentíamos um pelo outro.
  Descobri com você que podíamos fazer amor cheio de carinho e olho no olho um dia e sexo repleto de sacanagens no outro e os dois eram deliciosos!
  Saudade do seu suor, da sua saliva, dos seus dedos, da sua respiração...
  Claro que posso reinventar outra história, reescrever um sentimento, seguir e sorrir com outro, mas o que vou fazer com a pele? Não se ensina um corpo a desejar outro, não se ordena que arrepie, que molhe, que perca o ar...
  Como eu conto pro meu corpo que ele vai precisar se acostumar com outra pessoa, se todos os dias ele sente uma vontade absurda do seu?
AN
  

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