terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Saudade profana

                                                                           
                                           

  Tem saudade que é doce, suave, casta.
  Tem saudade que é mundana, profana, molhada...
e deliciosa...
  Como esta saudade que sinto do seu corpo e da maneira que se encaixa no meu, no jeito que se movimento sobre mim, na maneira que se esfrega, me esfrega, provoca, preenche.
  E me faz suar, me arranca sons, provoca gemidos, sussurros e vontades.
  Saudade que sinto de suas mãos e da maneira que me toca, aperta cheio de fome, toca com doçura, desliza, me contorna e desenha.
  Me invade e vai preenchendo meus espaços.
  Saudade que sinto da sua boca, do seu gosto, dos sons e sorrisos.
  Saudade dos caminhos dela em meu corpo.
  Do beijo, o melhor que experimentei.
  Saudade de você em mim, dentro de mim.
  Dos movimentos, da sintonia, da entrega, da cumplicidade, da força e da suavidade.
  Destes seus olhos sobre os meus, entregues aos meus, dos seus sons, do seu suor, da sua exaustão satisfeita.
  Acho que você me fez ser só vontade e agora vivo assim
com esta saudade de ser mulher nos seus braços.