terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Intimidade

                                                                 

                                                         

   Acho que existem 2 tipos de intimidades: aquelas das pessoas que dividem tudo, a rotina, as prestações, o banheiro, o controle remoto e o sofá. E o segundo modelo, onde não se divide nada, além da alma.
  Nunca vi o controle remoto da tv, nunca sentei no seu sofá, nem sei direito o nome dos seus pais, mas posso descrever com exatidão o nome do que sentiu hoje quando conversamos ou semana passada depois que fizemos amor!
  Consigo entender, compreender e descrever aquele jeito que me olha quando está angustiado, consigo sentir o medo que sente quando ele aparece na sua voz, consigo sentir o coração disparar quando descreve o amor que sente por seus meninos.
  Consigo compreender aquelas coisas que conta quase se desculpando por achar que ninguém compreende, consigo sorrir no seu tempo, abraçar aqueles medos que cisma serem exagerados, entender as pequenas insanidades, admirar suas conquistas diárias mesmo quando as julga pequenas.
  Consigo reconhecer cada pedacinho do seu corpo como meu, sei a maneira certa de tocar, excitar, acordar e deixo o meu nas suas mãos, que sempre sabe os caminhos,  o tempo, o prazer, com o se nunca tivesse percorrido outro caminho.
  Sei acordar seus sons, seus gemidos, seus suor e é sempre delicioso esta sensação de que meu corpo sempre foi seu.
  Nunca estive tão perto, tão entregue, tão próxima, tão inteira.
  Nunca se deixaram tão perto, tão entregue, tão próximo, tão inteiro.
  Acho que nós dois sabemos que sempre fomos nós.
  E daí pouco importa se nunca vi o controle remoto.
MM